sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A crise no império português do Oriente

 
   Na segunda metade do séc. XVI, os portugueses depararam-se com grandes dificuldades para manter o império comercial do Oriente. As suas colónias, muito afastadas umas das outras, eram constantemente alvo dos ataques dos muçulmanos. O sobre-carregamento dos barcos, os ataques dos piratas e corsários e as tempestades causavam naufrágios frequentes. A corrupção e a má qualidade das especiarias também faziam com que as despesas de manter os territórios do oriente fossem superiores às receitas (lucro) geradas pelo comércio. Para piorar a situação, as Rotas do Levante reanimaram-se, dando aos mouros uma parcela do comércio do Oriente, que continuava a aumentar face à portuguesa. Também o monopólio régio (todos os lucros do comércio Oriental pertenciam ao rei, não sendo permitida a participação de particulares) impedia que outros pudessem ajudar a situação.
   Para resolver esta crise, D. João III abandonou as praças do Norte de África.

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