Como o comércio do Oriente estava a degradar-se a cada dia, alguns portugueses começaram a defender a conquista de um império no Norte de África. O rei D. Sebastião também apoiava esta iniciativa, pelo que, em 1578 desembarcou em Marrocos com numeroso exército. Foi derrotado pelos árabes na batalha de Alcácer Quibir, onde desapareceu.
Após o desaparecimento de D. Sebastião, a coroa foi entregue ao Cardeal D. Henrique, que não tinha descendentes, nem conseguiu produzi-los após obter uma dispensa papal que lho permitisse. Assim, a morte do cardeal, em 1580, deixou Portugal com uma crise de sucessão ao trono. Os candidatos ao trono eram os netos de D. Manuel I: D. Catarina, D. António e Filipe II de Espanha: D. Catarina, por ser mulher, não contava com apoiantes; D. António obteve o apoio do povo; a Nobreza, esperava que a união com a Espanha garantisse a segurança dos seus cargos e negócios orientais, e a Burguesia, que queria comerciar com a América espanhola, de onde provinha a prata e o ouro, estavam a favor de Filipe II.
Em 1580, o rei de Espanha enviou tropas para Portugal para derrotar o Prior do Crato e impor os seus direitos ao trono. D. António foi vencido na Batalha de Alcântara e, nas Cortes de Tomar, um ano mais tarde, ficou estabelecida a União Ibérica: Espanha e Portugal eram considerados Estados Independentes, unidos sobre a chefia do mesmo rei.
Nas primeiras décadas da dinastia filipina, as promessas foram cumpridas e Portugal beneficiou de uma administração equilibrada. Mas não tardou a sofrer problemas devido à união com a Espanha.
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