quarta-feira, 28 de maio de 2008

A crise do século XIV

   
   No século XIV, Portugal e a Europa enfrentavam graves problemas. A fome instalou-se tanto nos campos como na cidade. A população crescia muito rapidamente e a produção agrícola não acompanhava este crescimento. As mudanças climáticas que se começaram a sentir agravaram esta situação. O clima tornou-se mais frio e húmido, prejudicando a produção de cereais e estragando as colheitas.
   Com a fome vieram as doenças, principalmente as epidemias. A população, que estava subalimentada, oferecia pouca resistência ao contágio. A mais grave doença foi a Peste Negra, que, entre 1347 e 1350, se espalhou por todos os países da Europa. Calcula-se que esta epidemia tenha morto cerca de um terço da população europeia.
   À fome e doença juntou-se a guerra, destacando-se, dentre os vários confrontos europeus deste período, a chamada Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra. A Península Ibérica também estava em guerra: D. Fernando, que se achava no direito ao trono castelhano, invadiu Castela, do que resultaram muitos conflitos (as guerras fernandinas). Estas guerras começaram em 1369 e só terminaram em 1382.


   Estes problemas provocaram, em Portugal, bem como no resto da Europa, uma grande quebra demográfica. Instalou-se, também, uma crise económica, uma vez que muitas terras foram abandonadas e a produção diminuiu e os preços aumentaram. Com a quebra demográfica, havia menos pessoas para trabalhar. Estas pediram, por isso, salários muito elevados. Para impedir isto, Afonso IV publicou a Lei do Trabalho e D. Fernando a Lei das Sesmarias, que obrigavam as pessoas a trabalhar nos campos e tabelavam os seus salários.

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