D. Fernando entrou em guerra com Castela e gastou o dinheiro do Reino nas suas guerras. A sua única filha, D. Beatriz, seria casada com o rei de Castela, para selar a paz entre os dois países.
Em Outubro de 1383, o rei D. Fernando morre. Isto cria confusões em Portugal: o clero e a nobreza aclamam D. Beatriz como rainha de Portugal, mas grande parte do povo e os burgueses revoltaram-se contra a aclamação. Com D. Beatriz como rainha, o povo temia que o seu marido, o rei de Castela, governasse Portugal e que eles perdessem a sua independência. A regente, D. Leonor Teles (viúva de D. Fernando), era odiada pelo povo. Ela tinha casado com D. Fernando contra a vontade do povo e mantinha uma relação íntima com um nobre galego.
Os burgueses incitaram D. João, Mestre de Avis (um filho ilegítimo de D. Pedro), a desembaraçar-se do conde galego. D. João aceitou e matou-o, vingando a honra do rei morto. Porém, os burgueses fizeram correr a história de que era o Mestre de Avis quem estava a ser morto e o povo acudiu logo, mostrando o seu ódio por D. Beatriz. Revoltas populares ocorriam por todo o país e muitos apoiantes de D. Beatriz foram mortos. D. Leonor Teles fugiu de Lisboa e refugiou-se em Santarém, donde escreveu ao rei de Castela, pedindo-lhe ajuda. Com a invasão iminente dos castelhanos, Portugal precisava de um Regente. Foi escolhido, D. João, Mestre de Avis.
Finalmente, rei de Castela invadiu Portugal e cercou Lisboa até as suas tropas começarem a morrer de uma epidemia. Assim que os castelhanos abandonaram Portugal, reuniram-se as Cortes de Coimbra para decidir quem deveria reinar. O Dr. João das Regras argumentou a favor do Mestre de Avis, que foi então aclamado rei.
Os castelhanos, que ficaram descontentes com esta decisão, voltaram a invadir Portugal. Foram derrotados em muitas batalhas, mas, em Aljubarrota, a vitória português foi essencial para resolver o conflito. D. Nuno Álvares Pereira dispôs o seu exército em quadrado, tirando vantagem do terreno e da infantaria. Os castelhanos saíram derrotados.
Depois da sua aclamação, D. João recompensou os que o apoiaram e retirou títulos a alguns dos nobres que se opuseram à sua ascensão ao trono.
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