Na arquitectura renascentista, havia uma mistura de elementos arquitectónicos clássicos, inspirados na arte greco-latina (abóbada de berço, formada por vários arcos de volta perfeita; cúpula; frontão; colunas das ordens dórica, jónica ou coríntia; arco de volta perfeita), com características do racionalismo (equilíbrio geométrico; harmonia de proporções; simetria na distribuição de volumes; horizontalidade (construía-se em extensão e não em altura) obtida usando cornijas, frisos e balaustradas), sendo patente a decoração naturalista (conchas e flores, em baios-relevos).
A escultura renascentista tinha inspiração na estatuária clássica (classicismo). As estátuas dos artistas do Renascimento deixam de estar associadas à arquitectura, dando a impressão de vida própria. Representam-se muitas estátuas equestres e da figura humana. O Homem é representado com grande harmonia e realismo, valorizando-se o nu.
A pintura, que consiste, principalmente, em retratos ou descreve cenas religiosas ou do quotidiano, é, predominantemente, naturalista (representação do nu, valorizando a figura humana, geralmente inserido em paisagens naturais), mas, simultaneamente, realista (representação da realidade como ela era), e trabalhada com novas técnicas:
- Pintura a óleo: permite uma multiplicidade de tons da mesma cor, maior aproximação à realidade e à Natureza e acabamentos mais perfeitos.
- Sfumato: gradação infinita de cores, com efeitos de luz e sombra, sem contorno.
- Perspectiva: efeito de profundidade com a ilusão da existência de vários planos.
- Composição equilibrada: composição em pirâmide.
Em Portugal, nasce o estilo manuelino, que mantém a tradição gótica da abóbada ogival, arcos quebrados, arcobotantes e predomínio da verticalidade, mas introduz, também, elementos renascentistas: a clareza e unificação do espaço (igreja-salão), em que as três naves estão à mesma altura, cobertas por uma só abóbada; e iluminação lateral. A decoração é naturalista (troncos, folhas, algas e conchas), marítima (cordas e redes) e recorre a símbolos da Coroa (esfera armilar, cruz de Cristo e escudo real).
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